Fotos: Arquivo Pessoal
Por quase 43 anos, o pintor João Carlos Machado Morais, 64 anos, foi casado com Elsa Costa Morais, 62 anos. Eles se conheceram no Bairro Salgado Filho, onde permaneceram depois de casados. Pai e mãe de Carlos Alberto, 42, Silvia Regina, 40, e Ana Cristina, 36, o casal sempre manteve uma relação de respeito e cumplicidade. Descrito pela primogênita, Silvia, como uma pessoa tímida e de personalidade forte, Morais era caseiro. Depois do trabalho, ele adorava ir direto para casa.
- O pai era quieto, introspectivo. Gostava de ficar em casa com a mãe. Às vezes, os vizinhos aproximavam-se para conversar e saber como ele estava. Ele gostava muito de estar com os amigos e de receber a família em casa aos finais de semana - relembra Silvia.
A grande paixão do pintor eram os quatro netos e a bisneta. Com os pequenos, Morais voltava a ser criança. Sem deixar de corrigi-los quando necessário, entretia-se em meio a mimos e brincadeiras. Além disso, dava muito colo e abraços às crianças da casa.
Profissional dedicado, Morais trabalhou desde os 15 anos com pintura. Conforme a família, ele aprendeu o oficício ainda na juventude. Desde então, em meio a tintas e pincéis, fez muitos clientes em Santa Maria. No dia a dia, não deixava de fazer reparos em casa. No meio das tarefas, não poderia faltar o som do seu radinho ligado. Afinal, ele gostava de todos os tipos de música.
Para Elsa, fica a gratidão por alguém que foi mais do que um marido.
- Éramos muito companheiros um do outro. Nossos três filhos são a melhor herança que ele deixou. Os três são a minha riqueza. Sou grata por tudo o que vivemos juntos - emociona-se Elsa.
Apaixonado por futebol, o pintor torcia pelo time amador do Coloradinho, da Vila Brasília, no Bairro Salgado Filho. Ele costumava ver os jogos aos finais de semana e, sempre que podia, ajudava o time na parte financeira.
Nascido em São Pedro do Sul, Morais se mudou para Santa Maria com os pais para trabalhar. Aos filhos, o pintor ensinou a honestidade e que o trabalho deveria ser sempre a prioridade deles.
- Todos os filhos seguiram no caminho do bem. O pai sabia que tínhamos aprendido o certo e o errado. Era motivo de orgulho - relembra Silvia.
Para descansar nas férias, o pintor preferia a praia em Capão da Canoa ou balneários da região. Em Santa Maria, nas horas de lazer, Morais costumava ir à Praça Saldanha Marinho simplesmente para olhar o movimento.
- Esses dias, fomos para o Centro. De repente, percebi que as crianças, de alguma forma, procuravam o avô na praça. Esses detalhes emocionam a gente - diz Silvia.
Morais faleceu em 2 de fevereiro e foi sepultado no dia seguinte, no cemitério particular São José, no Bairro Chácara das Flores, em Santa Maria. A família preferiu não divulgar a causa do falecimento.
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As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para natalia.zuliani@diariosm.com.br ou pelo telefone (55) 3213-7122